segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Dia D

Ei povo bonito, bom dia!


Hoje, 31/10/2011 está separado para homenagear nosso poeta mestre, Carlos Drummond de Andrade.
Data de seu aniversário, e que a partir de hoje e para sempre, será dedicado à ele.


O Encontro e Café não poderia deixar passar em branco esse dia, então nossa homenagem ao poeta.


"Desejo a vocês
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com os amigos
Viver sem inimigos
Filme na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Ouvir uma palavra amável
Ver a banda passar
Noite de lua cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir não
Nem nunca, nem jamais
Nem adeus
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Escrever um poema de amor
Tomar banho de cachoeira
Aprender uma nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas com alegria
Uma tarde amena
Calçar um chinelo velho
Tocar violão para alguém
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu."



Carlos Drummond de Andrade


Um bom café.



segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Na Telona

Uma realidade brasileira: a tentativa de crianças e adolescentes de sobreviver nas ruas do país. 
Para isso: a solução é procurar a ajuda de uns aos outros para cometer alguns furtos, se manterem longe da polícia e chegar ao fim do dia com o grupo unido e todos bem.


Claro que é uma realidade triste, mas é uma realidade.




O fato, ganha dimensão nas mãos de Jorge Amado no livro, Os Capitães da Areia, que conta a história de um grupo de meninos que vive nas ruas da Bahia.

Com um cenário, berço da brasilidade e mistura da raças, as crianças se ajudam, se protegem e respeitam o líder do grupo Pedro Bala. São inteligentes, astutos, sedutores, coisa de muleque. 



"Eram na verdade os donos da cidade, os que a conheciam totalmente, os que totalmente a amavam, os seus poetas."





Baseado na história das crianças, o filme Capitães da Areia, mostra o cenário baiano e da vida do grupo com cenas magnificas, trabalhadas, uma trilha sonora encantadora e um roteiro muito interessante.
Já está nas telonas e o Encontro e Café recomenda.


Com direção de Cecília Amado, o filme é ótimo.








Ficha Técnica: 
Atores: Jean Luis Amorim, Ana Graciela, Robério Lima, Paulo Abade, Israel Gouvêa, Ana Cecília, Marinho Gonçalves, 
Direção: Cecília Amado
Roteiro: Cecília Amado
Produtores: João Jorge Amado e Paloma Jorge Amado
Trilha Sonora: Carlinhos Brown


Site Oficial: Aqui


Ótimo Café!








Aaaah... A gente tá com uma página lá no facebook, cheia de dicas legais. 
Curte lá: http://www.facebook.com/pages/Encontro-e-Caf%C3%A9/196841150386430

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Um príncipe quase encantado


Quero um amor de conto de fadas,
um príncipe encantado
com cavalo e espada.
Quero um amor sem porque nem talvez.
Que seja um eterno "Era uma vez..."
Mas que me deixe sozinha de vez em quando
e que ao regressar enxugue meu pranto.
Quero um amor sem começo nem fim
que satisfaça minhas vontades,
mas que nem sempre diga sim.
Que somente em seus olhos eu veja a verdade
e que morda meus lábios
só por crueldade.
Quero um amor que me leve pra cama
e durma comigo
mesmo sem dizer que me ama.
Quero um amor com o beijo mais doce
e o abraço mais quente,
que mesmo perdendo a memória
ainda se lembre da gente.



Por Kelly Elizeu


Bom Café!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Na telona

Você já se imaginou vivendo em um circo?
Rodando cidades, estados só para levar um pouquinho de sorriso e alegria as pessoas.
Grandes, pequenos, velhos, novos, crianças, pretos, brancos, pardos, indiferente disso tudo, quem se desprende da vida, pra encarar o picadeiro, só quer levar a arte de fazer sorrir à alguém.



Mas, o que será que se passa na cabeça de quem está nesse mundo? Será que eles estão realmente satisfeitos? Pra quem nasce no picadeiro, como é só conhecer essa realidade?

Estou falando da narrativa do filme O Palhaço, um filme de Selton Mello que aborda a vida de Benjamin e Valdemar, a dupla de palhaços Pangaré e Puro Sangue. No filme, Benjamin se depara com a vontade de conhecer novos rumos atrás de um sonho.



O Palhaço, estréia no dia 28 de outubro e já conquistou meu coração. 


Aqui: Trailer

Vamos ficar na expectativa.

Bom Café!

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Badu, Badu, Badu


Badu, Badu, Badu...


Os primeiros acordes no lendário piano Fender Rhodes são tocados, a linha de baixo do
clássico do jazz So What começa ecoar, e as backing vocals cantam:


Badu, Badu, Badu, Badu...


Logo após, Rimshot...


http://www.youtube.com/watch?v=HEPo3DEBtUI


Essa é introdução de “Baduizm Live”, o primeiro disco que ouvi na íntegra de Mrs. Erykah
Badu.


Não a conheci ali, pois já havia assisitido pela MTV a transmissão de sua primeira apresentação
no Brasil, no finado Free Jazz Festival. Arrependi por não ter gravado. Sim, ainda em tempos de
VHS. 


Me lembro da figura daquela cantora negra com um turbante e roupas africanas. Sua
música:um soul moderno com pitadas generosas de jazz. Badu tinha na época todo um
discurso místico a respeito de sua música, do mundo e do nascimento do seu filho.Havia
símbolos egipicios pelo palco. Bem, para situar o leitor no tempo: estamos falando de 1997,
ano de lançamento do aclamado álbum “Baduizm”, disco de estréia da moça. Não foi preciso
muito mais que isso para que ela fosse coroada como “The Queen of Neo-Soul”. Baduizm
vendeu 3 milhões de cópias e faturou dois prêmios Grammy.


A partir dali, conheci Badu...


Baduizm, o disco de estréia, foi revolucionário. Por que? Simples: ninguém havia feito aquilo
antes. A voz de Erykah parecia uma fusão de Chaka Khan com Billie Holiday. Sim, ela carregava
a sensualidade do soul e ao mesmo tempo a entrega e o sofrimento do jazz de Billie Holiday. O
Neo-Soul conheceu ali não só sua rainha, mas também sua mais talentosa representante.


As batidas eletrônicas se misturam as melodias jazzisticas, o timbre do baixo acústico e do
piano elétrico, tudo isso pontuado pela belíssima e misteriosa voz de Badu.


Esses são alguns detalhes que me pegaram pelo ouvido e me fizeram seguir Erykah Badu.


Logo após veio Baduizm Live, onde percebemos todas as nuances de Baduizm! Comprovou
toda a competência do repertório e a qualidade de Badu como cantora.


Porém, fiquem tranquilos! Não vou falar detalhadamente de todos os discos! Mas é
impossível não falar do que veio depois do registro ao vivo de Baduizm. Estou falando da obra-
prima “Mama´s Gun”.


O segundo disco de estúdio de Erykah foi a prova da genialidade da artista. “Mama´s Gun”
trata de assuntos mais pessoais e maduros. Além disso o disco é constituído por uma gama de
estilos musicais, passando, obviamente, pelo soul e R&B mas com ecos do reggae e do rock.
As batidas eletrônicas deram lugar a uma sonoridade mais orgânica. Instrumentos vintage,
referências claras a mestres do soul como Stevie Wonder e Curtis Mayfield. Enfim, Badu
passou com louvor pela prova do segundo disco! Após Baduizm ela conseguiu se superar, e
escrever de vez seu nome na história da música negra norte-americana.


Mama´s Gun é um marco!


Na sequência virem Worldwide Underground, New Amerykah Part One (4thWorld War) e New
Amerykah Part Two (Return of the Ankh). Todos com a mesma mistura brilhante de soul, funk,
jazz!


Terminado o papo discografia, vamos falar um pouco da artista Erykah Badu:


Uma brilhante cantora, com domínio técnico e de linguagem incrível!


Uma artista inquieta! Sua música funciona mais ou menos como suas mudanças no visual:
primeiro os turbantes, depois um mega ultra black power! Depois alisou o cabelo, raspou a
cabeça,usou tranças, rasta, moicano descolorido e etc. Tudo isso acompanhado de roupas
cada vez mais extravagantes. Basicamente uma Lady Gaga da Black Music, porém (me
desculpem os fãs de Gaga) com uma superioridade artística inegável.


Se todo esse papo de fã ainda não te convenceu que Erykah Badu é uma artista brilhante,
ouça: Next Lifetime, Cleva, Bag Lady, I Want You, Bump It, Back in the Day, Window Seat...


Duvido que você não vá se render a elegância, o charme e a beleza da música de Erykah Badu.


Badu, Badu, Badu...
Por Lucas Arruda


Downloads: Baduzim
                 Mama's Gun
Vídeos: http://www.youtube.com/watch?v=FbRAM0J73-
http://www.youtube.com/watch?v=9hVp47f5YZg&feature=list_related&playnext=1&list=AVGxdCwVVULXe39GrWQdgKFuXDnybObn7h




Bom Café!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Entrelinhas



Nas linhas as palavras.
Nas entrelinhas o silêncio daquilo que não precisa ser dito ou escrito.
O que escrevo está nas linhas,
mas eu, eu estou nas entrelinhas.
Para entender as palavras não precisa ser gênio,
sábio ou um mestre revolucionário,
basta ter em mãos um dicionário.
Já as entrelinhas a gente entende no olhar,   
no sorriso, no gesto, no ar.
Brincar com as palavras é lindo,
porque posso ser o belo e o feio,
a vida e a morte, o amor e a solidão,
o alegre e o trágico, mas para brincar
com o pensamento não existem palavras: é mágico!

Por Kelly Elizeu.



Dica de música:  
http://www.youtube.com/watch?v=5VZLC8YFmj8

Bom Café.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Quando discursar é complicado

A voz de um povo, antigamente, era a voz de seu rei. 
Se o rei não tivesse voz e um punho forte, estaria fadado ao fracasso e o povo ficaria disperso e suscetível a revoltas e afins.
Em meio as guerras, o rei acalmava o povo com seus discursos de paz e vitória.
Mas e se o rei fosse gago e despreparado?


Essa é a narrativa do filme O Discurso do Rei.  
Geroge VI se vê obrigado a assumir o trono após a morte do pai, já que o irmão Edward abdica o trono para viver suas aventuras amorosas. 


George VI se encontra apavorado, e a Inglaterra temerosa por seu novo rei. 
Como se não fosse só o problema da inexperiência e da gagueira, a porta bate Hitler e toda a alcova de uma guerra instaurada no mundo.


Para enfrentar isso, George encontra um amigo paciente e que levará para vida toda.


Ficha Técnica: 

Diretor: Tom Hooper
Elenco: Helena Bonham Carter, Colin Firth, Guy Pearce, Michael Gambon, Geoffrey Rush, Timothy Spall, Jennifer Ehle, Derek Jacobi, Anthony Andrews, Eve Best, Dominic Applewhite, Max Callum
Roteiro: David Seidler
Fotografia: Danny Cohen
Duração: 118 min.
Ano: 2010
Gênero: Drama





Trailler : http://www.youtube.com/watch?v=OAm7gRXFiRo


Bom café.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A música é deles

Eu tô sumida, sorry.
Correria da vida gente, mas cá estou eu, hoje, com Gustavo Ribeiro e a matéria que foi publicada no jornal Aqui Notícias para o Dia do Compositor.



Hoje é dia do compositor, saiba o que eles pensam sobre a arte de compor uma canção


Você hoje, mesmo que por alguns segundos ouviu uma música, ou passou por alguém cantando, e talvez até tenha se lembrado da letra de alguma canção. A música está intrínseca em todos nós, não importa o ritmo, a letra, mas o fundamental é nos tocar de alguma forma. Mas com certeza você já parou e se perguntou: quem será que escreveu essa música?

Pois é, nem sempre quem canta é quem escreve as músicas. Em Cachoeiro, temos exemplos de vários compositores, como cita Arnoldo Silva, que é um deles. “Existem grandes nomes como Raul Sampaio, Sérgio Sampaio, Edson Ribeiro, Marly Barretos e alguns outros”. Arnoldo acredita que para se compor uma boa música é preciso inspiração. “Uma boa canção é escrita com inspiração, e ela deve vir acompanha de algum tema. Existe uma diferença entre a composição de uma música comum, onde você tem uma tema livre, e as que são escritas para sambas-enredos, por exemplo”, contou. 

Ele, que já recebeu 14 premiações por seus sambas-enredos, explicou que quando se escreve um, o compositor deve ficar atento a detalhes que são exigidos pelo gênero, palavras que devem aparecer, entre outras coisas. Além das premiações, o cantor e compositor cachoeirense tem mais de 197 músicas gravadas por outros artistas. 

“O compositor é a pessoa que se inspira em qualquer coisa, situação e transforma isso em poesia”, disse Arnoldo. Entre os cachoeirenses que tiveram suas músicas cantadas por Roberto Carlos, está Edson Ribeiro, que escreveu canções como “Aquele beijo que te dei”, “Custe o que custar”,  “O astronauta” e “Agora eu sei”.

Raul Sampaio, que atualmente vive em Marataízes, é o compositor do hino da cidade de Cachoeiro. Ele escreveu a música “Meu Pequeno Cachoeiro”, que também foi gravado por Roberto. Outro Sampaio, que teve suas composições tocadas em várias rádios do Brasil, foi Sérgio Sampaio. Um de seus maiores sucessos é a música “Eu quero é botar meu bloco na rua”, da qual ele muitas vezes se recusou a cantar, desejando não ser conhecido como artista de uma música só.

Eles preferem cantar as próprias composições

Para o cantor e compositor da banda Du Black, Lucas Arruda, o cantor que compõe e interpreta sua música fica mais autêntico. “Fica mais fácil a interpretação quando você canta sua própria música. Não é necessário se vestir de nenhum personagem, pois muitas vezes você está cantando algo que realmente aconteceu com você. É a sua verdade. Isso, claro, sem desmerecer os grandes intérpretes, mas particularmente me sinto muito mais confortável cantando minhas próprias músicas”, disse Lucas.

Já para Thiago Soares, da banda de Reggae Alldeia, que está finalizando o primeiro CD com músicas compostas pelos integrantes, o compositor deve se atentar ao conteúdo expresso. “Acredito que uma música bem composta tem um enorme potencial no que diz respeito aos sentimentos que ela transmite. Algumas derramam lágrimas, outras sorrisos, remetem a vivências passadas, outros a coisas que ainda nem vivemos, algumas nos deprimem outras nos motivam a viver. Acho que o mais importante de uma música são os sentimentos, as sensações e além de tudo, ela também pode ser usada no processo socioeducativo como na preservação de culturas, costumes, criação do senso crítico, etc. Enfim, a música é algo intangível, mas que tem a magia de tocar os mais nobres sentimentos da alma”, citou.

“Uma boa composição pode ter vários aspectos! A beleza da composição está muito no seu papel dentro do contexto musical, social e etc! Por exemplo, uma canção de protesto não precisa necessariamente de uma harmonia complexa e uma melodia intrincada pois sua mensagem está fundamentalmente na letra. Por outro lado existem belíssimas canções instrumentais onde a letra não se faz necessária. Não acho que exista uma fórmula ou receita. Acho que se a composição é honesta, sempre vai haver alguém disposto a ouvi-la”, afirmou Lucas.

Para Thiago, atualmente, se destacam as composições que estão na moda, mas isso não significa que compositores de outros gêneros não estão  escrevendo. “O estado possui ótimos compositores que abordam os mais diversos temas, mas acredito que a “música livre” está um pouco suprimida, devido à grande onda do Sertanejo Universitário que tem tomado grande espaço nas mídias, dessa forma a visibilidade dos compositores capixabas tem diminuído, mas isso não quer dizer que estes não estejam na ativa, apenas esperando o momento certo para que suas composições tenham visibilidade”.