sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Meliante


Meliante

"Você não sabe o que levei de sua mão. Só saberá quando lhe faltarem os versos reversos inversos escritos em contradição. Quando em plena prosa as palavras parecerem presas e não puder mais manter as portas abertas, os olhos fechados, as mãos postas, o sonho escondido debaixo da mesa. Quando todas as vezes que me vir lhe faltar o adeus.



Quando em pleno discurso erguer os dedos e perceber que deles só não levei os seus medos, porque dedos e medos já me bastam os meus. E se prestar um pouco de atenção perceberá tua sorte por eu não ter levado o toque da sua mão, apesar de tentar, discretamente, tirar da sua palma o eme e escrever com ele seu nome numa canção.



Você não sabe o que ficou em minha mão."


Por Kelly Elizeu

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