quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O Grito

A questão é essa: estou cansada de meias palavras,
Meias verdades ou mentiras.
É tudo falso, não posso tocar, e isso me obriga, a cada dia,
Ficar recriando realidades irreais, jamais vistas nem sequer sonhadas.
E assim o presente só não está mais passado que o futuro certo,
de rotinas e prolixas indagações.
A máquina de engolir homens está a todo vapor,
O grito


Mas ainda assim não vence a de destruir sonhos,
Esta serve para tirar o trabalho daquela...
Um homem sem sonhos é morto
E para que se ocupar dos mortos.
Já estão inertes
Não oferecem perigo algum.
Porém hoje a indagação é;
O que os faria reviver?
O amor?
Ah o amor. O amor de Shakespeare,
capaz de amolecer o coração mais petrificado...
Não, hoje o amor é quase um mito.
Vemos as pessoas se matarem em nome do amor inexistente.
A verdade?
O que é a verdade?
A amizade?
Sentimento puro, quase complacente?
Não, não, não...
Talvez não haja a matéria para essa ressurreição!
Mas temos o GRITO...
Sim,
Ao vir em um momento de puro ímpeto,
Esse soa como arma a quem declara revolução.
É capaz de expressar que o amor é uma amizade nada complacente,
Onde existe verdade, pulso, intensidade.

Por Bia Carias

Ótimo Café.

3 comentários:

  1. Lendo aqui, tive um sentimento de não ser meu. E realmente não é mais, é da vida que eu tinha até escrevê-lo.

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  2. É o que a Kelly sempre fala comigo, quando é publicado, passou pelo processo de separação, desapego, não é que não seja seu, é que foi de uma fase que não é mais sua. Mas ainda sim, é seu.

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